Dinamismo de Jesus

Emmanuel

Desde os primórdios da organização religiosa no mundo, há quem estime a vida contemplativa absoluta por introdução imprescindível às alegrias celestiais.

Cristalizado em semelhante atitude, o crente demanda lugares ermos como se a solidão fosse sinônimo de santidade.

Poderá, contudo, o diamante fulgurar no mostruário da beleza, fugindo ao lapidário que lhe apura o valor?

Com o Cristo, não vemos a idéia de repouso improdutivo como preparação do Céu.
 

    • Não foge o Mestre ao contacto com a luta comum.
       
    • A Boa Nova em seu coração, em seu verbo e em seus braços é essencialmente dinâmica.
       
    • Não se contenta em ser procurado para mitigar o sofrimento e socorrer a aflição.
       
    • Vai, Ele mesmo, ao encontro das necessidades alheias, sem alardear presunção.
       
    • Instrui a alma do povo, em pleno campo, dando a entender que todo lugar é sagrado para a Divina Manifestação.
       
    • Não adota posição especial, a fim de receber os doentes e impressioná-los.
       
    • Na praça pública, limpa os leprosos e restaura a visão dos cegos.
       
    • A beira do lago, entre pescadores, reergue paralíticos.
       
    • Em meio da multidão, doutrina entidades da sombra, reequilibrando obsidiados e possessos.
       
    • Mateus, no capitulo nove, versículo trinta e cinco, informa que Jesus “percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nos templos que encontrava, pregando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades que assediavam o povo”.
       
    • Em ocasião alguma o encontramos fora de ação.
       
    • Quando se dirige ao monte ou ao deserto, a fim de orar, não é a fuga que pretende e sim a renovação das energias para poder consagrar-se, mais intensamente, à atividade.
       
    • Certamente, para exaltar os méritos do Reino de Deus, não se revela pregoeiro barato da rua, mas afirma-se, invariavelmente, pronto a servir.
       
    • Atencioso, presta assistência à sogra de Pedro e visita, afetuosamente, a casa de Levi, o publicano, que lhe oferece um banquete.
       
    • Não impõe condições para o desempenho da missão de bondade que o retém ao lado das criaturas.
       
    • Não usa roupagens especiais para entender-se com Maria de Magdala, nem se enclausura em preconceitos de religião ou de raça para deixar de atender aos doentes infelizes.
       
    • Seja onde for, sem subestimar os valores do Céu, ajuda, esclarece, ampara e salva.
       
    • Com o Evangelho, institui-se entre os homens o culto da verdadeira fraternidade.
       
    • Marcha ao encontro da necessidade e da ignorância, da dor e da miséria.
       
    • Abraça os desventurados e levanta os caídos.

O Poder Divino não permanece encerrado na simbologia dos templos de pedra.

Liberta-se.

Não mais a tirania de Baal, nem o favoritismo de Júpiter, mas Deus, o Pai, que, através de Jesus-Cristo, inicia na Terra o serviço da fé renovadora e dinâmica que, sendo êxtase e confiança, é também compreensão e caridade para a ascensão do espírito humano à Luz Universal.

[10] ROTEIRO – 10a ed. – Francisco Cândido Xavier – ditado pelo espírito Emmanuel *

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Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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