Reflexões sobre a harmonia do Universo

Quando falamos em harmonia do universo, muitas divagações podemos fazer. Cada um no seu livre pensar pode se remeter a um determinado ponto.

Por R

Eu começaria imaginando galáxias, mas acho muito audacioso. Então poderia partir da nossa Via Láctea, cujo conhecimento que tenho é ínfimo. Mas isto me permite pensar sobre alguns um de seus dados: este disco espiralado, segundo os cientistas, possui 200 Bilhões de estrelas, girando segundo uma rota pré-determinada.

E continuo diminuindo as figuras até chegar à TERRA. Que pontinho! Mas nos parece tão grande quando comparamos com o nosso tamanho. Pensamos: que engenharia movimenta este planeta ao redor do Sol, num tempo determinado, girando ao redor de si mesmo, tendo ainda seu satélite, a lua, acompanhando esta viagem? E vamos da Terra para nós mesmos: com órgãos, sistemas… tudo funcionando direitinho. Que máquina inteligente é esta? Comemos, digerimos, eliminamos o que não nos serve.

Quando algum órgão nos dá o alerta de que exageramos, e vem a dor, ficamos chateados. (fígado, estômago…)

Poderíamos ficar horas e horas observando os diversos sistemas de vida. Uma constante encontraríamos: a beleza de sua harmonia.

Dizem alguns, poucos, felizmente, que estas formações são acasos. Acasos que se agregam, formam vidas, mas acasos. Mas são os primeiros a buscar o fundador, o artista de obras observadas, o cientista que descobriu, entre outras coisas. Mas incapazes são de vislumbrar que uma obra perfeita há que ter um criador perfeito.

 

Provavelmente, para rebater alguns comentários da época, um naturalista inglês, coronel Thomas Hardwick, assim se expressa no livro Light, página 763, no ano de 1921:

“A tese espiritualista tem seus defeitos, mas possui uma força invencível: é verdadeira. Se alguma dúvida a esse respeito fosse possível, que se sugeriria? Qual seria a alternativa. Eis: a extinção. Em outras palavras: este maravilhoso universo, com seus milhões de mundos e sóis girando em perfeito equilíbrio teria sido organizado sem nenhuma finalidade e acabaria onde começou: no caos. O que faria com que a criação do Grande Todo girasse em colossal bancarrota. Esta grande evolução teria necessitado um tempo infinito, um trabalho sem limites para chegar ao coroamento supremo com o nascimento do homem e de imediato o homem se faz povo… e nada mais. A bolha de sabão estoura e, ─ incrível! ─ nada continha. Não posso deixar de perguntar-me: um homem que possui equilíbrio mental pode crer em semelhante interpretação do universo?”

Kardec, também perguntou aos Espíritos, provavelmente, em razão das alegações materialistas da época:

LE. 8 . Que pensar da opinião que atribui a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou seja, ao acaso? Que homem de bom senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E além disso, o que é o acaso? Nada!

Kardec em sua explicação termina dizendo que um acaso inteligente, já não seria mais um acaso.

Imaginemos, então, que criador é este?

E, nossa razão aponta para um mentor de tudo, que em nossa pobre linguagem damos o nome de DEUS.

Em todos os estudos que se fez e faz sobre Deus, se depara ainda com a precariedade de nosso intelecto. Não conseguimos definir, por isso criamos imagens, que não têm a mais leve semelhança com o Ser, que concebeu, e pelo seu pensamento tudo criou.

E kardec, no Livro dos Espíritos na questão 1 pergunta:

LE. 1. O que é Deus?
Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

Já o povo hindu, no livro dos Vedas, através de um trecho do hino da criação diz: ( 1500 antes de Cristo)

No princípio
Não havia existência ou inexistência.
O mundo era energia não revelada.
Ele vivia sem viver, por Seu próprio poder.
E, nada mais havia.

No livro Obras Póstumas, Kardec na sua primeira parte fala de Deus:

“A prova da existência de Deus temo-la neste axioma: Não há efeito sem causa. Vemos constantemente uma imensidade de efeitos, cuja causa não está na Humanidade, pois que a Humanidade é impotente para produzir ou, sequer, para os explicar. A causa está acima da Humanidade. É a essa causa que se chama Deus, Jeová, Alá, Brama, Fo-Hi, Grande Espírito, etc. (Obras Póstumas. P.31)

Se entendemos que a harmonia do universo, como todo ele teve um criador, que não foi criado, pois sempre existiu, nós suas criaturas por excelência, chegadas ao topo, pois agora já temos a razão, temos responsabilidade em manter esta harmonia universal?

Com certeza, em grande parte depende de nós mantermos a harmonia do universo:

  • Através de nossos pensamentos;
  • Através de nossas atitudes

Excluindo as causas naturais, que fazem parte da Lei de Destruição, nossos pensamentos e atitudes contam muito. Mas o pensamento é ainda algo muito difícil de ser controlado, pelo nosso pouco adiantamento espiritual, mas já existe a consciência em cada um de nós de que ele pode ser substituído. Somos o que pensamos e com isto herdeiros de nós mesmos, segundo Joanna de Angelis. Mas se, ao pensarmos tivermos o discernimento de começar a substituir o que é ruim por algo melhor, já começaremos a dar nossa pequenina contribuição para esta harmonia universal.

Nossas atitudes vem depois do pensamento, muitas já conseguimos controlar, nosso conhecimento nos fala de muitas regrinhas de harmonização, nossas atitudes politicamente corretas nos colocam numa situação de alguma harmonia.

Cientistas da Física Quântica, como Max Planck, Niels Bohr, Werner Heisenberg, afirmam que nós, ao observarmos um fenômeno, não somos só observadores, mas também, co-participantes dele, e que, com a nossa consciência, podemos influenciar todas as energias do universo. Se assim é, não seria a nossa consciência responsável, também, pelas energias causadoras dos distúrbios e cataclismos naturais, já que ela é, igualmente, a responsável pelos nossos carmas ou Lei de Causa e Efeito? ( José Reis Chaves)

Reflitamos sobre este pensamento:

“Não espere, faça, e faça sempre com harmonia.
Pense sempre positivo, você é a única conexão real com o universo.”
(do livro: “Livrai-nos de todo mal”, Edson Rufo)

 

Bibliografia

1. BOZZANO, Ernesto. Cérebro e Pensamento. 1ed. Editora Eldorado Espírita de São Paulo. 2004
2. DENIS, Leon. O porquê da vida. FEB. Brasília. DF.
3. KARDEC, Allan. Livro dos Espíritos. Tradução de José Herculano Pires. 66ed. São Paulo. Lake, 2006.
4. Artigos retirados da Internet.

 

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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