As lições de Hipátia de Alexandria para os espíritas

Florencio Anton |

Já havia lido sobre essa importante filósofa, Hipátia de Alexandria, e agora, somente agora, tive a oportunidade de me deliciar com o filme Ágora (no Brasil, Alexandria, foto ao lado) que romantiza sua História.

Um filme denso e que nos remete para além do valor histórico, ao coração humano tomado pelo fundamentalismo religioso que se assenta na intolerância, no “purismo”, na arrogância do lugar de suposto saber e na completa indisposição para o diálogo e a natural ressignificação de paradigmas.

Escrevo aqui para os meus amigos espíritas a fim de que que não nos esqueçamos de que a mensagem de Jesus corre na direção contrária à manipulação de poder, nas estratégias políticas, em favor das “próprias verdades” e que o Amor não deve ser usado como pano de fundo aos discursos falaciosos sem o necessário brilhantismo das ações.

Esta mulher foi morta apedrejada e esfolada por Cristãos pelo fato de ter sido considerada uma conspurcadora dos seus interesses. Hoje nós matamos, nos arraiais espíritas de forma diferente. Marginalizamos, excluímos, julgamos por que temos medo de que o novo, nas idéias e nas ações, possa tomar o poder que ilusoriamente nos ufanamos de possuir, ainda que de forma inconsciente.

 

Atenção para não transformarmos as nossas terras emocionais em leito de sangue simbólico derramado na luta insana e excludente que tenta matar as idéias e os corações dos que não pensam como nós e vivamos a ÁGORA cristã que será aquela que conclama á união de esforços, o respeito às diferenças sem conluio com o erro e sem a omissão do “politicamente correto”.

Nosso advogado: a ação.

Nossa linha de defesa: o amor.

Nosso juiz: a consciência .

Beijo no coração

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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