Conhecimento e prática do Evangelho

Por Cibele Neis


\”Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não vo-la dou como a dá o mundo. (…).\” (João, 14:27.)


Deus, o Criador de tudo e de todos, outorgou-nos as leis naturais, como norteadoras para uma caminhada de serenidade e progresso, desde o princípio da História.


Periodicamente envia um filho, bem preparado, para lembrar da existência destas Leis, objetivando um melhor encaminhamento de tudo e de todos para o alcance do Bem.

Moisés:
Educado numa família de monarcas, no Egito, para elevar os níveis de sociabilidade de seu povo; recebe os Princípios Fundamentais, traduzidos em Mandamentos, que, se estudados e assimilados, à época, seriam substanciais pontos de apoio para o crescimento da civilidade.

Jesus:
o Mestre de todos os mestres, surge na mesma região, para dar cumprimento àqueles Princípios recebidos por Moisés, sintetizando-os na Lei do Amor a Deus e ao próximo.


Estabelece um Tratado Pedagógico com várias fases em ordem crescente de evolução interna de cada ser, objetivando alcançar o mais alto nível da Paz. Se bem compreendidos, estes princípios, proporcionariam um ser calmo, tranqüilo, consciente, e, por fora, propagador da harmonia social.

Assim ele explanou as fases:


– bem aventurados os pobres de espírito = humildade (base de sustentação de todas as outras etapas);


– bem aventurados os aflitos = enfrentamento da dor (evitando-se o desespero, desequilíbrio e conseqüente atravancamento da caminhada)


– bem aventurados os brandos e os pacíficos = educação dos desejos, controle das emoções, serenidade nas ações;


– bem aventurados os puros de coração = sede de justiça (projeto de equilíbrio da convivência social mais apurado que alguém trouxe). Justiça nos pensamentos, nas decisões, ao fazer ao outro o que se gostaria fosse feito a si;


– bem aventurados os misericordiosos = o espírito misericordioso não só pratica a caridade, ele distribui amor pelas ações. Higienização de si= tira do seu patrimônio os pontos enferrujados, traduzidos na vida prática pelo azedume, intransigência; torna-se um semeador de felicidade = um novo ser social

– a pacificação = a mais bela fase da existência humana = propicia:


* paz no ambiente


* reconhece as leis da Criação


* consciência dos objetivos e fins a serem alcançados


* serve de exemplo para a educação da Humanidade


* comportamento cristão diante dos que erram, perseguem, caluniam, cometem erros


* perdoa, ora e trabalha pela conversão dos doentes da alma

Jesus sempre demonstrou não só a esperança, mas a certeza de alcançarmos o estágio de perfeita harmonia, ao declarar:


\”Meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem\”

Chega a D.E., uma promessa do Mestre, que em função do progresso científico e filosófico da sociedade humana, coadjuvado pelas universidades, pelos cientistas, pelos descobridores e missionários, vem então esclarecer, ampliar de vez, evidenciando a extrema importância dos \”Princípios Básicos da Paz\”, consubstanciada através do Pentateuco Espírita, a construção do \”edifício\” que um dia irá reunir todos os seres, num ambiente de fraternidade e amor.

Este é o momento da união + técnicas de apefeiçoamento dos sentimentos da plena consonância da razão + coração, numa efetiva descoberta da inteligência emocional:

– iniciada por Moisés


– continuada há 2.000 anos por Jesus


– concluída pelos Espíritos Superiores.

As três Revelações, compreendidas e devidamente exercitadas, é que proporcionarão os dias de paz tão procurados pelos integrantes da sociedade terrena.


Seremos os educadores de nós próprios. Podemos, portanto, finalizar com a mensagem dos Espíritos Superiores, conclamando Kardec e a todos os trabalhadores, agora conscientes e responsáveis, com tenaz vontade de trabalhar, para a conclusão da grande e eterna obra:


\”Ocupa-te, cheio de zelo e perseverança, do trabalho que empreendeste com o nosso concurso, pois esse trabalho é nosso. Nele pusemos as bases de um novo edifício que se eleva e que um dia há de reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e caridade.\” (O Livro dos Espíritos, Prolegômenos, 73. ed. FEB.)

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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