Flores para uma visão abrangente

Manoel Fernandes Neto, Jornalista
Artigo publicado na revista NovaE, Portal Nova Era e CMM Interativa – Comunicação por Conteúdo.
 

Recentemente foi publicado uma artigo do colunista Maicon Tenfen, do Jornal de Santa Catarina, de Blumenau-SC, falando de sua antipatia por flores (“Flores… arght!!!”  – 5/8/2011). Textos opinativos são louváveis, principalmente quando o articulista revela-se por inteiro, com suas virtudes, dores e mazelas, conquistas e decepções. Vemos tudo isso em Maicon, um escritor da cidade e com destaque nacional, do qual podemos discordar, sim, mas não deixar de reconhecer sua transparência.

No entanto,  flores merecem uma visão mais abrangente. Não somente pelo que elas não são, mas o que elas podem significar.

Flores merecem um resgate histórico e revolucionário, pelas inúmeras vezes que foram introduzidas no cano de um fuzil, ou oferecidas para alguém fardado. Em nome da Paz, ou de uma trégua para o diálogo.

São democráticas, confortam na partida, orgânica ou não; alegram na chegada: um nascimento, uma viagem, uma jornada.

Inspiração de poetas e românticos, até os mais duros dos corações podem ser tocados por sua presença.

Quem já não desejou um caminho de flores, mesmo tendo a consciência de que entre as pedras existe vida e os espinhos são lembranças saudáveis para o nosso aprendizado?

Quem não desejou uma chuva de pétalas para celebrar um grande amor na sua plenitude?

Que não quis banhar-se em água com essências florais, para ter o corpo reconfortado nobremente?

Também nos lembramos das flores que movimentam as economias de bairros, cidades, Estados e países. Alegrando e distribuindo riquezas.

E não devemos nos esquecer das rosas, hortênsias, gardênias, margaridas, violetas, e tantas outras com nomes de mulheres que buscam e admiram esse significado.

Flores, sempre tão participativas e ecumênicas.

Sim, são reflexões de esperança, na convicção de que temos que buscar, em nosso jardim íntimo, o que floresce de melhor – acima das lembranças doloridas; além do que enxergamos pelos nossos cinco sentidos; rompendo o significado ilusório e aparente da matéria.
 

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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+ Manoel Fernandes Neto