“Movimento não combina com acomodação”, diz Arino, presidente da 4ª URE.

Leia a entrevista
O Portal Nova Era, conforme sua tradição de ouvir expoentes do movimento espirita, conversou com Arino José da Silva Junior, Presidente da 4a URE.

Ele falou sobre o pós-pandemia, ferramentas digitais e sobre diversos aspectos do movimento espirita, além da ação da 4ª União Regional Espírita para envolvimento dos espiritas.

“Precisamos da efetiva participação de todos e de valorizar o empenho que a Federação Espírita Catarinense, a 4ª União Regional Espírita e as diretorias das casas empregam para oferecer capacitações, seminários, cursos e diversos eventos preparados com tanto carinho para todos nós.”

Leia a entrevista.

— Após a pandemia, podemos ver uma grande energia no movimento espírita. Como está essa atuação coletiva das casas espíritas da nossa região? Você pode fazer uma análise?

Durante todo o período da pandemia: 2020, 2021 e parte de 2022, assim como todas as instituições do mundo, o Movimento Espírita também parou suas atividades presenciais e precisou buscar alternativas para continuar existindo e, mais do que nunca, cumprir o seu papel de Consolador Prometido pelo Cristo.

Como é sabido, houve uma corrida muito grande para o uso das Redes Sociais como meio de comunicação e a tecnologia passou a ser uma grande aliada das pessoas em isolamento social.  No caso das casas da 4ª URE, os cursos passaram a ser transmitidos de forma remota, além das palestras e, em algumas instituições, o Atendimento Fraterno.

 

Sentia-se a vontade muito grande de voltar às atividades presenciais e algumas poucas casas conseguiram reunir grupos de trabalhadores voluntários e, tomando todos os cuidados necessários, no segundo semestre de 2021 abriram suas portas de forma restrita.

No início de 2022, aqui em nossa região, gradativamente as demais casas foram acompanhando e iniciamos o ano de 2023 com todas as casas funcionando com portas abertas.

— Como você vê hoje a utilização de ferramentas digitais pelo nosso movimento, algo que começou a ser incrementado fortemente na pandemia? O que conquistamos e o que ainda temos que conquistar no tema?

Acreditava-se que com o grande crescimento das ações online as mudanças nas rotinas seriam bem radicais, mas o que se vê hoje é um pequeno número de grupos de estudos online e uma grande maioria de volta ao presencial, as palestras remotas e as “lives”, que se tornaram uma febre, também perderam o fôlego e estão bem reduzidas.

Talvez o que tenha vindo para ficar é a comodidade das reuniões administrativas de forma remota, ou mesmo de forma híbrida, principalmente quando temos participantes de outros municípios, estados ou países. Penso que o tema ainda não está esgotado e teremos muitas novidades tecnológicas sendo oferecidas para avaliarmos suas aplicações no Movimento.

– O espiritismo também é um grande arcabouço de conhecimento, quais são as campanhas e os temas que devem dialogar diretamente com a sociedade como um todo?

Em função do momento difícil que passamos, temas como luto, ansiedade e depressão se tornaram recorrentes em nosso meio e despertaram a vontade de pessoas não espíritas conhecerem as respostas que a Doutrina tem a oferecer nestas questões.

 

Não podemos também deixar de destacar as campanhas relativas à valorização da vida, que abordam assuntos polêmicos como suicídio, aborto, eutanásia e recentemente o autismo, que despertam o interesse da sociedade de uma forma geral.

– Qual a principal mensagem que a 4a URE vem deixando para os tarefeiros espíritas?

A necessidade de buscarmos, como tarefeiros, o conhecimento através dos estudos e o engajamento nos trabalhos do Movimento Espírita Regional, que como o nome sugere é um “movimento” e não combina com acomodação.

 

Precisamos da efetiva participação de todos e de valorizar o empenho que a Federação Espírita Catarinense, a 4ª União Regional Espírita e as diretorias das casas empregam para oferecer capacitações, seminários, cursos e diversos eventos preparados com tanto carinho para todos nós.

Entrevista a Manoel Fernandes Neto, editor do Portal Nova Era.

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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