“Nosso Lar” é sustentável?

André Trigueiro

O filme mais caro da história do cinema nacional consumiu boa parte dos 20 milhões de reais de seu orçamento em efeitos especiais que se prestam à impressionante visualização da cidade espiritual descrita pelo Espírito André Luiz através da psicografia de Francisco Cândido Xavier.

“Nosso Lar” impressiona pelo bom gosto na justa distribuição dos espaços de área construída intercaladas por gramados e lagos. As áreas verdes e a presença da água marcam o projeto urbanístico da cidade, onde os pedestres circulam livremente sem disputar espaços com qualquer gênero de transporte individual. O transporte público de massa é o aérobus, muito parecido com o nosso metrô de superfície, só que sem trilhos. O magnetismo que impulsiona o veiculo é o mesmo que por aqui já empurra trens-bala de alta velocidade.

Os prédios públicos são imponentes e com design arrojado. Privilegiam a iluminação natural com imensas janelas ou áreas vazadas. Para as demais edificações o gabarito é invariavelmente baixo, harmonizando-se as áreas povoadas sem aglomerações indevidas.

Predominam por toda a cidade as cores claras com tons vitalizantes, cromoterápicos. Vista de cima, “Nosso Lar” lembra um pouco o plano-piloto de Brasília sem asfalto ou automóveis.

Em resumo: para espíritas ou não espíritas, o filme exibe conceitos de urbanismo modernos e sofisticados que poderiam inspirar nossos gestores.

 

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.

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