O Espiritismo é uma religião?

Dúvida antiga e muito incompreendida. Mas a resposta é simples, quando buscamos a resposta em sua origem, nas explicações de Kardec.

A doutrina espírita pode ser útil a todas as religiões. Só não pode tornar-se ela uma delas. Senão sai da condição de conhecimento fundamental e se equipara na disputa pela salvação, como promessa aos fiéis de uma seita.

Nem pode associar-se a um corpo dogmático, senão sincretiza-se e deixa de ser basilar e progressivo. Sua essência é como a Física, Biologia, Cosmologia: um entendimento das leis universais, no caso, pelo ponto de vista dos espíritos sábios.

Além disso, considerando o sentido filosófico do termo “religião”, Kardec se referia a um significado bastante presente em seu tempo, o de religião natural. Vem do fato de naquela época as ciências humanas se fundamentarem no espiritualismo racional, independente de credo religioso. Estando Deus presente na natureza como causa e imanente, estamos todos relacionados naturalmente com ele.

Há quem busque o significado etimológico da palavra no latim religare, que significa religação. Mas esse significado é confuso, pois nunca, jamais nos desligamos de Deus. O sentido que a doutrina espírita promove, pela natureza de sua mensagem, é o laço natural que nos une de forma solidária, entre nós, e entre nós e o Criador.

Dessa forma, o importante está no que ele representa para nós, pois compreendendo o Espiritismo como filosofia de vida, não haverá diferença entre compreensão e ato, ou seja, será uma doutrina vivenciada, transformadora. As religiões tradicionais colocam o fiel em postura de submissão, de espera, de pedinte de recompensas e também temeroso de castigos. Nada disso será encontrado no Espiritismo bem compreendido. É dever daquele que bem o compreendeu divulgar essa visão original, para resgatarmos sua essência primeira!

(Paulo Henrique de Figueiredo – Revolução Espírita).

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.

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