O Livro dos Espíritos, 155 anos

Manoel Fernandes Neto

Uma das conquistas dos leitores do Santa é este espaço na página 2. Diversidade e liberdade sobre todos os temas. No quesito religião, isso é confirmado com artigos de católicos, luteranos e diversas crenças, exercendo-se um ecumenismo necessário à sociedade civil organizada.

Hoje trago à pauta O Livro dos Espíritos, que completa hoje 155 anos de lançamento, e que oferece os postulados necessários para a compreensão da Doutrina Espírita e seus pilares, tão presente atualmente no cinema e em novelas de TV.

O codificador da obra foi o educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, que utilizou o pseudônimo Allan Kardec visando a fazer distinção dessa obra com outras que já havia publicado na França, e homenagear um nome que tivera em vida anterior.

Sim, uma vida anterior! Reencarnação em que a alma, espírito ou a consciência sobrevive à morte corporal e renasce em outro corpo físico, aprimorando, educativamente, seus conhecimentos, qualidades morais e habilidades.

Mas a reencarnação não foi inventada pelo O Livro dos Espíritos, sendo um conceito que faz parte das reflexões de filósofos, cientistas e pensadores de diversas correntes, quanto a responder a algumas perguntas, entre elas: qual o sentido da vida na matéria, se tudo termina no túmulo? Melhor: que sentido lógico teríamos, se após a morte a alma fosse para um lugar indeterminado, contemplativo?

Todas as perguntas foram feitas por Allan Kardec aos espíritos, por meio de médiuns diferentes, o que resultou na organização de 1.018 questões respondidas e comentadas. Outros conceitos fazem parte da obra: a diversidade de mundos no universo; a imortalidade da alma; a comunicabilidade com os espíritos. Deus, como causa primária de tudo. E o pilar que nos permite interagir em grupos e crescer como ser: a moral espírita, representada pelo Evangelho de Jesus, o Mestre dos Mestres.

Ciência, filosofia e religião são os três aspectos do Espiritismo, com sua pedra fundamental, O Livro dos Espíritos.

 

Artigo publicado no jornal de Santa Catarina, pág. 2, de 18 de abril de 2012.

 

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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