Olhar, Vigiar e Orar !

No Novo Testamento o Apóstolo Marcos, cap. 13, 33, teve a oportunidade de registrar a sentença memorável dita por Jesus em um dos momentos de encontro com seus seguidores , quando disse

“Olhai ! Vigiai ! Orai ! Pois não sabeis quando será o tempo.”

O Mestre esteve entre nós por missão, e não teria dito palavras inúteis e nem sem sentido, uma vez que tudo Nele era para tocar os corações humanos, endurecidos e carentes de espiritualidade.

De posse desse conhecimento, ainda nos sentimos inseguros em determinadas situações de conflitos pessoais e não lembramos que tudo já foi dito, basta que nós, aprendizes a caminho, coloquemos em prática.

Mas esses conflitos íntimos e pessoais que ainda nos movimentam, fez com que também ele, Sócrates, o sábio filósofo grego, se dirigisse ao Oráculo de Delphos para buscar respostas a sua incompletude… e o que viu naquele local foram frases escritas nas colunas de pedras, que diziam simplesmente, “Ó homem, conhece-te a ti mesmo, e conhecerás os deuses e o Universo.”. Cada vez que de lá retornava ficava mais impactado com as realidades encontradas e diante do que sentiu foi alterando o seu “modus vivendi”.

 

Como o sábio, nós também procuramos fora, aquilo que “sabemos” estar respondido dentro de nós. Essa introspecção, essa volta para a essência, não é caminho fácil, muitas e muitas vezes nem tentamos, em razão de nossos medos e inseguranças, e porque além de tudo precisamos de coragem, persistência, amadurecimento e força de vontade para obtermos as respostas.

Mas, na linguagem doce de Jesus encontramos o bálsamo para nossas dúvidas , quando nos orienta para a auto-análise; olhar-se, antes de olhar a mazela do outro, procurar em nossa intimidade o que temos que diluir, os preconceitos, as sombras, as culpas, os complexos e transformar em benção aquilo que já é nobre e salutar, o perdão, a aceitação, a compreensão, a amorosidade…

 

Preciso é que tenhamos clareza de nossa ignorância e de nossas fraquezas, certeza de que queremos transformá-las e por fim atitude para podermos através dos pensamento e depois dos sentimentos e das atitudes nos colocarmos em tudo mais conscientes .

A vigilância sugerida, é estar atento para que depois da consciência clara de que Eu Espírito, tenho muito ainda para mudar, não caia em novas ciladas, novas armadilhas, para que a dívida à Vida não se torne ainda maior. É vigiar a própria conduta, os próprios pensamentos, no sentido de enaltecer o que é bom e saudável em detrimento dos desvios que ainda carregamos.

A oração é nosso instrumento mais eficaz, por ela podemos pedir, agradecer e louvar, nos reestruturando para avançar nessa “longa estrada da vida, onde já não podemos parar” na fala simplória do poeta …

E, se Jesus estivesse hoje conosco, que resposta de gratidão daríamos a Êle, que nos legou todas as fórmulas de como viver em plenitude e felizes ?

O que ofereceríamos ?

Vale meditar sem delongas no convite imperativo que nos fez: “ Olhai ! Vigiai ! Orai ! pois não sabeis quando será o tempo” … o tempo urge e a prática a quantas anda ?

 

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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+ Edir Salete