Os crentes e os céticos espíritas..

Décio Iandoli Jr.

Hoje li um artigo escrito por um espírita criticando outro, criticando uma psicografia, em um importante e respeitado site espírita. Ao final do artigo, sobraram mais críticas a outras pessoas e a assuntos diversos, vários deles tratados pela AME, como a glândula pineal e a física quântica, acho até que fez referência à Dra. Marlene Nobre.

Não quero entrar no mérito do artigo em si nem tomar o partido do médium que não conheço pessoalmente, mas percebi que ainda estamos muito longe de podermos nos intitular servidores do Cristo, e começo por mim, já que ao ler e perceber a crítica clara à todo o corpo de idéias e estudos desenvolvidos de forma responsável pelas AMEs, como sempre nos orientou a Dra. Marlene, a única coisa que não passou pelo meu coração foi amor ou caridade.

Acho que hoje, dentro do movimento, encontramos pessoas divididas em dois grandes grupos, e não são mais os cientificistas e os religiosos como ocorria ao tempo da encarnação do Dr. Bezerra, mas os crentes e os céticos espíritas.

Os crentes mitificando e endeusando médiuns e palestrantes, afastando a necessária crítica racional a todo trabalho honesto apresentado e criando expectativas e ilusões perigosas. De outro lado os céticos espíritas, prontos para atacar e destruir tudo o que não lhes pareça familiar ou conhecido, desmerecendo o trabalho alheio e evitando a evolução do pensamento, engessando os avanços da doutrina patrocinados pelas comprovações científicas dos postulados espíritas (algo de que as AMEs têm se ocupado desde a primeira hora), mesmo sem conhecer de forma consistente as ideias que temos promovido.

É uma pena que ainda existam estes grupos e que se critiquem mutuamente, mas não deveríamos nos esquecer de algo muito importante que aprendi com a Dra. Irvênia Prada: "Só me dou o direito de criticar alguém, quando ja tiver produzido muito mais que ele."

Construa ou invés de destruir, depois, se ainda achar necessário, critique.

Quanto às psicografias, para que servem?

Para serem lidas, concordar ou discordar, não para atestar autoria de um ou outro espírito mesmo que assinada. O animismo existe sempre, mas o espírito encarnado não tem menos importância que o desencarnado, e deste, o desencarnado, não temos como pedir o RG ou o CIC.

Vamos criticar o conteúdo deixando de fora médium e a identificação da autoria?

Que tal fazer mais e criticar menos?

Me desculpem o desabafo.

Décio Iandoli Júnior

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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