Osny Ramos traz a Física da Esperança e revela o Zeitgeist de Hegel

Por Manoel Fernandes Neto

Uma quarta noite quântica repleta de ondas e possibilidades a serem colapsadas.

Em uma palestra concorrida – A Física quântica e o despertar espiritual – ao mesmo tempo enigmática e instigante, o professor Osny Ramos demonstrou, com diversas analogias e comparações, uma verdade que não quer calar: a Física Quântica é a porta de entrada de conceitos, até então espirituais, essencialmente espíritas, no mundo fechado da Ciência acadêmica, com seus preconceitos materialistas e dogmas céticos; da academia “de senhores encanecidos” – nas palavras do palestrante da noite – surpreendidos com fatos mais extraordinários do que o mundo dos místicos e religiosos.

 

 

Mas o que um público ainda leigo neste assunto poderia aproveitar da palestra do professor Osny? A resposta a esta indagação reside na total ausência de subterfúgios tão prementes em estudiosos de assuntos espinhosos, quando conversam com leigos. O professor de Joinville, paciente e à vontade, surpreende pelo conhecimento da Doutrina Espírita e em pontos em que duas áreas da Ciência entram em contato.

Desta forma, falar de complementaridade quântica e espiritualidade é saber que a Ciência, agora, aceita que a dimensão ondulatória existe além da dimensão corpuscular. Ou seja, o coroamento da metafísica não se restringe às mesas mediúnicas, mas também aos laboratórios de prêmios Nobel de Física. “O princípio da complementaridade fundamenta os princípios espíritas”, afirmou sem medo e com sarcasmo elegante o professor de Física Quântica a uma plateia um tanto hipnotizada com tantas expressões novas em uma hora e meia de palestra.

 

Individualidade revelada

Allan Kardec, símbolo maior do bom senso humano e codificador da Doutrina Espírita, com certeza recebeu as vibrações daquela fria segunda-feira, em que reflexões aqueceram nosso íntimo, e foram levadas às últimas consequências em diversas ocasiões, como quando Osny Ramos decretou, com um entusiasmo juvenil:

A mente humana é o maior status ontológico do Universo.

Impossível não trazer à pauta reflexões de outro mestre, agora de Lion, França, em O Livro dos Espíritos:

A individualidade da alma foi posta a descoberto de uma maneira, por assim dizer, material, nas manifestações espíritas, pela linguagem e as qualidades próprias de cada uma; uma vez que elas pensam e agem de uma maneira diferente, que umas são boas e outras más, umas sábias e outras ignorantes, umas querem o que outras não querem, isso é a prova evidente de que elas não estão confundidas num todo homogêneo, sem falar das provas patentes que nos dão de terem animado tal ou tal indivíduo sobre a Terra. Graças ao Espiritismo experimental, a individualidade da alma não é mais uma coisa vaga, porém um resultado da observação.

Kardec já antevia que esta observação derrubaria as defesas dos descrentes, com predomínio da individualidade diante do todo. Ou seja, se hoje sabemos que a onda pode ser partícula e a partícula pode ser onda, esta é a consagração da consciência humana, nas reflexões do professor Osny, senhora absoluta de todos os mundos, construtora e orientadora do futuro de cada ser. Conclui Osny Ramos: ‘As partículas só existem se forem observadas, o que quer dizer que a realidade subordina-se ao espírito.’

 

Ondas de esperança

Este Espírito do qual estamos falando tem pela frente a semente propulsora do progresso, ao buscar conhecimento e aprendizado em diversas reencarnações, assumindo seus erros, gozando de suas conquistas. Para Osny Ramos, “a reencarnação quebra a espinha dorsal da teologia salvacionista da graça”, colocando-nos como observadores quânticos, às vezes ondas, às vezes partículas, buscando a harmonia entre as duas realidades.

No contato com os nossos problemas diários, procuramos a serenidade para assumir um aprendizado pleno. No contato com os nossos amigos invisíveis, espíritos protetores, buscamos a inspiração para saltos quânticos cada vez maiores de conquistas morais, na certeza de que somos donos do próprio destino, sem depender de quem quer que seja. “Nesse momento, compreendemos que a Física Quântica é a Física da Esperança, com ondas de possibilidade colapsando nosso projeto de felicidade.”, diz Osny com emoção.

Zeitgeist

Qual o melhor contexto para você realizar o seu projeto? Em quais circunstâncias nos sentiremos mais à vontade para efetivar novas conquistas?, perguntava o professor Osny a um público ávido de respostas, mas ao mesmo tempo não se importando que o entendimento viesse manso, sereno como as soluções das grandiosas equações. Suspiramos o “ah-ha” suave de quem tem conhecimento de que desde 1857, com o advento do Espiritismo, novas fronteiras estavam se abrindo para o primado do Espírito.

Descobertas como a Teoria Quântica de Campo e o Efeito de Não Localidade, nomes científicos “pomposos”, que confirmam que tudo está interligado e se encadeia do átomo ao arcanjo, e que somos mais influenciados pelos espíritos que nos rodeiam do que podemos imaginar.

Para o palestrante da penúltima noite da Jornada do Conhecimento, da S.E. Nova Era, o espírito do tempo, o espírito da época, o Zeitgeist, termo alemão popularizado pelo filósofo Georg Wilhelm Friedrich Hegel, em 1769, pode ser o elemento maior para a compreensão do que estamos vivendo com a Física Quântica popularizada nas multidões, e não mais em reuniões para poucos e exclusivistas senhores de si mesmo.

 

Mas não somente Hegel esteve  presente na Nova Era, em consciência vibratória. Uma galeria de grandes cientistas de todos os tempos inspiraram a noite: Erwin Schrödinger, Werner Heisenberg, Einstein, P.A.M. Dirac, Niels Bohr e John von Neumann, Louis de Broglie e Max Karl Ernst Ludwig Planck.

Gnose

Novas partículas, novos olhares, dualidades revolucionárias. A teoria do conhecimento em sua plenitude, ou a “honestidade epistemológica” , segundo Osny, ditando novas formas de viajar pelo Universo, ou universos. Em que o Princípio da Simetria demonstra, mesmo ainda diante de olhares céticos, de que somos o mesmo ser no mundo da subpartícula ou observando o pôr do Sol.

Ao final da noite, surge uma sensação invasiva de Amor, gnose, premente, de Deus, princípio antrópico cada vez mais real em nosso interior, da ausência infindável dos domínios do “espaço-tempo”.

Uma sensação única de termos estado presentes no momento do primeiro estalo, surdo e seco, do início de tudo.
Com certeza, como nos mostrou com competência Osny Ramos, quando você terminar de ler este artigo saberá que já fez isso anteriormente. Em alguma realidade quântica ainda não detectada.

(Texto Manoel Fernandes Neto)

SAIBA MAIS:

Conheça Osny Ramos

O professor Osny Ramos é graduado em Engenharia Mecânica, bacharel em Filosofia, pós-graduado, com Especialização em Filosofia da Ciência. Mestre em Filosofia na área de Antropologia, e professor de Filosofia e Física Quântica no Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais de Joinville. Como engenheiro, trabalhou 20 anos em empresas privadas e estatais. Atuou durante 10 anos como Consultor em Qualidade Total nas empresas, utilizando relevantes ferramentas para obtenção de certificações ISO. É autor de três livros: Tratado de Ontologia das Cores – As Cores nos Ambientes – A Física Quântica em Nossa Vida.

“A Física Quântica em nossa vida”
Nesta obra, numa linguagem clara e objetiva, porém rigorosamente fiel à cientificidade do assunto, o Prof. Osny Ramos interpreta e explica para o grande público, o que são esses fenômenos e como eles efetivamente podem nos ajudar ou prejudicar em nossas atividades e na construção dos nossos projetos e sonhos.

 

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.