Pediatria, sensualidade e energias extrafísicas

Dr. Ricardo Di Bernardi

A sexualidade, como nós já vimos comentando no decorrer de nossos escritos, não é atributo exclusivo da atividade hormonal que pulsa em nosso organismo. Essa força provém do inconsciente e das mais profundas regiões do nosso espírito
Ao longo da imensa jornada na qual transitamos como princípios espirituais pelos diversos reinos da natureza, nós amealhamos volumoso patrimônio em todas as áreas da experiência. Assim, também, a energia sexual manifestou-se no escoar dos milênios, de forma crescente, buscando se aprimorar e se sutilizar.

Na fase humana em que hoje nos situamos, voltamos ao mundo físico ligando-nos a um óvulo que fecundado nos prende ao novo arcabouço biológico. Uma nova roupagem física, uma nova e delicada indumentária, mas contendo um Espírito pleno de conteúdos psíquicos, ou seja, uma alma rica em arquivos energéticos que, embora estejam adormecidos, estão prontos para acordarem para continuidade de seu aprendizado.

A criança, que recebemos em nosso lar, não é um bloco em branco onde poderemos escrever qualquer mensagem ou ditar qualquer conteúdo, ao contrário, é um livro com inúmeros capítulos já escritos por ela mesma e, agora, vem nos solicitar auxílio para que dê continuidade a história de sua vida, ampliando conteúdos nas mais diversas áreas do desenvolvimento humano.

O Espírito que, atualmente, está renascido em um corpo infantil, já vivenciou em diversas encarnações, alegrias e tristezas na área da sexualidade, já sofreu traumas como desfrutou momentos de afeto e amor. Cada experiência adquirida registrou-se em arquivos energéticos que pulsam e emitem estímulos com peculiaridades as mais diversas, gerando tendências específicas.

O Espírito reencarnado, hoje, se apresenta na vestidura infantil e aparentemente dócil, para ter nova oportunidade de aprendizado beneficiado pela anestesia do passado. Há necessidade das expressões da sexualidade surgirem nos momentos adequados, sob a supervisão amorosa e consciente dos pais, e não sejam essas expressões da sexualidade, estimuladas precocemente.

A “adultização” precoce das crianças é um fator prejudicial a este desenvolvimento. Observamos, em consultório de pediatria, meninas em tenra idade, usando roupas de adultos, portando telefones celulares, navegando irresponsavelmente pela internet, caminhando em saltos altos, assistindo televisão de forma descontrolada e exibindo adereços ou acessórios que mais caberiam para uma jovem adulta ou mulher.

Tudo parece muito inocente, mas são estímulos precoces que despertam interesses inadequados para a idade, além de sintonizar com outras energias externas e intrusas tanto da dimensão física como da extrafísica. Estamos em um planeta que é habitado por mentes em diversos estágios de equilíbrio e somos responsáveis por aqueles que nos foram confiados pela espiritualidade maior.

A criança deve viver como criança. Andar, vestir-se e brincar como criança. A sensualidade tem sua beleza e é, sem dúvida, inerente ao espírito humano, mas o período infantil foi oportunizado, pela sabedoria da natureza, para refazerem-se forças e ocorrer o reforço dos condicionamentos de harmonia em todas as áreas do psiquismo.

Dr. Ricardo Di Bernardi é médico pediatra, homeopata. Fundador e presidente do ICEF em Florianópolis. Autor de vários livros entre eles – Gestação Sublime intercâmbio.

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