Diante da Cólera

Cláudio Fajardo, http://espiritismoeevangelho.blogspot.com/

“Vai, pois, povo meu, entra nos teus aposentos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te por um pouco de tempo até que a cólera tenha passado.” (Isaías, 26: 20)

Um dos grandes segredos para que mantenhamos o equilíbrio e possamos alcançar a paz e a harmonia está no gerenciamento correto de nossas emoções.

Somos os construtores do nosso destino, e assim, de bom ou de mau, o que nos ocorre foi semeado por nós mesmos, tendo na base de todo foco de tensão uma administração indevida de nossos anseios, e, consequentemente, dos pensamentos e ações.

Só podemos controlar o resultado de um sentimento se ele não for exteriorizado, pois a partir de então perdemos o domínio por entrar em ação forças que independem de nossa vontade. Resulta daí a importância que temos de dar à máxima: “vigiai e orai”.

Assim, se algo nos aborrece, se alguém nos irrita, ou se temos qualquer emoção em desequilíbrio, lembremos que somos nós quem comanda a reação; e se a carne é por vezes fraca, o espírito é sempre forte e é ele quem dirige as ações podendo muito bem ser controlada a emotividade e assim ajustado o comportamento à ordem natural.

Em momentos onde os transtornos imperam lembremos do poder “mágico” da oração e aquietemos em Deus o nosso coração. Jamais, se buscarmos com consciência, fé e amadurecimento, o auxílio do Eterno, ele faltará com Sua presença, a nos aquietar.

O aconselhamento do Profeta é sábio, e toda sabedoria deve ser praticada já, por tratar-se da Ciência de Deus: entra nos teus aposentos e fecha as tuas portas sobre ti, ou seja, vivencie propostas de auto-conhecimento, e reflita se na origem do aborrecimento não estivemos nós a lançar a primeira pedra. Esconde-te …, isto é, deixemos de lado fatores ligados ao personalismo, pois é essa a chaga dos tempos atuais a desencadear tantas enfermidades, basta um pouco de tempo de sintonia Superior para que possamos alcançar momentos indizíveis de paz e equilíbrio.

Quando tiver passado a cólera, que nada mais é do que uma superestimação de si mesmo, estaremos mais preparados para avaliar e agir; porquanto, com os pés no chão e o coração voltado ao Alto, aí sim poderemos nos manifestar, porque só quando nossas ações forem alicerçadas em sentimentos que encontrem sonoridade em Deus, teremos a convicção de não arrependermos diante das conseqüências que virão, com toda certeza.

Observa, pois, os mandamentos, os estatutos e as normas que eu hoje te ordeno cumprir. Se ouvirdes estas normas e as puserdes em prática, o Senhor teu Deus também, manterá a Aliança (…) ele te amará, te abençoará, e te multiplicará… (Deuteronômio, 7: 11 a 13).

 

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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