Paciência e respeito ao próximo

Por Elizete Schazmann

Ser paciente significa necessariamente respeitar ao próximo no seu modo de ser e de agir. Muitas vezes nos impacientamos com aqueles com quem convivemos e por quem temos grande carinho, por eles não acompanharem nosso ritmo. Compreender que nem sempre somos referências e que não é a nossa vontade que determina os fatos, portanto é um passo importante no amadurecimento pessoal, na construção do respeito ao próximo e da paciência em nós.

Saber quando exigir mais dos outros e quando deixar que os ritmos pessoais falem mais alto ou quando dar mais de nós e quando relaxar não é uma tarefa das mais fáceis. A condição básica para essa atitude serena, paciente, é o auto-conhecimento. Só quando nos conhecemos bem é possível medir corretamente nossos esforços e olhar para o outro sem impaciência quando algo nele não nos agrada.

Mas uma coisa é certa, paciência exige prática e muitas vezes é resultados de uma ou mais encarnações na busca dessa “paz consciente”, resultado de nossos esforços recompensados.

Quando a impaciência crescer em nós, lembremo-nos das palavras escritas em \”O Evangelho segundo o Espiritismo\”: “Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.”

Para iniciarmos essa prática podemos seguir algumas recomendações do Centro Espírita Celeiro de Luz, publicadas no
site Portal do Espírito:

1. Não guarde as emoções negativas, canalize a exteriorização delas de forma positiva e construtiva: saia para dar uma volta, arrume uma gaveta ou armário, plante uma árvore, cuide de um vaso de flores ou folhagem, visite um doente, ouça uma música suave…

2. Não deixe a cólera crescer:

a. lembre-se de que você é um Espírito eterno e imortal e a cada momento tudo se transforma.;

b. você sabe que a impaciência representa um fator de ameaça à sua saúde: espiritual e física. Não deixe, então, que essa fagulha emocional se transforme em um incêndio avassalador. Claro que você não vai ficar friamente assistindo a erros, enganos e falsidades ou sendo por eles envolvidos.;

c. errar é humano, faz parte do processo evolutivo. Se você também comete erros, por que se enfurecer quando as outras pessoas também o fazem? Pare, pense, acalme-se e procure a solução;

d. o que impacientou você pode ser corrigido? Se pode, por que, então, irritar-se ou encolerizar-se?;

e. se você pode corrigir ou retificar o que o contrariou, não sufoque suas emoções. Use-as para entusiasme-se na correção do erro em si próprio ou no semelhante;

f. se você se desentendeu com alguma pessoa: no lar, no ambiente de trabalho ou em qualquer grupo social e suas emoções se desequilibraram, é melhor não falar no momento; se possível saia do local;

g. suprima a cólera, tanto quanto possível, no seu início. Uma vez instalada, ela pode ser uma centelha, uma chama ou um incêndio destruidor;

h. não desejamos que você mine suas emoções. Isso é impossível. Você acha que se: bom se nunca se irritasse, mas também nunca sorrisse ou se alegrasse? As emoções são básicas em nossas vidas. Por isso, em sua vida, elas precisam ser canalizadas construtivamente.

CONCLUSÕES

I. Use a paciência como força ativa na construção do seu bem-estar físico e espiritual.

II. Organize uma lista das suas emoções negativas: cólera irritação, medo, angústia e, gradativamente, procure diminuí-las.

III. Organize um plano específico para desenvolver as sua boas emoções e sentimentos, incluindo treino para o exercício da paciência em manifestações passivas e ativas.

IV. Cultive o autodomínio Você ampliará o \”estado emocional de perseverança tranqüila\” para a solução dos seus problemas.

V. Exercite a meditação e a oração. Elas são fundamentais para a vivência da paciência.

\”Bem-aventurados os pacíficos porque serão chamado de filhos de Deus.\” Jesus (Mateus, 5:5.)

 
   

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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