Desafios e Jesus
Rose Mary Grebe
O livro “Nossas Riquezas Maiores”, psicografado por Raul Teixeira, com vários autores espirituais, tem em seu cap. 28 uma descritiva e, ao mesmo tempo, um alerta para as nossas dificuldades dos tempos atuais:
“desde os próprios vírus e outros germes, que atacam nosso corpo físico, o trânsito, violência de toda sorte, os perigos da água, poluentes do ar, nos impulsionando a tentar vencer, com quedas, levantamentos e novos desafios.” (p.147)
E aí paramos para refletir um pouco no número de doenças que passamos a vida tentando nos livrar, surgem os medicamentos, vacinas, mas quando derrotamos estas, novas surgem. Algumas chegam sem termos tempo sequer de procurar ajuda.
E diante das doenças buscamos tudo, terapias alternativas, mudança de vida e até nos conectamos a Deus, às vezes procuramos a Casa Espírita, em busca de um milagre.
O trânsito, no nosso País é caótico, o desrespeito é muito grande. Se falarmos em violência no trânsito, cada um teria uma cena pra falar. Na nossa própria cidade temos escutado e visto coisas difíceis de acreditar.
Outras situações com a água, este bem necessário à vida, vem acontecendo ceifando muitas pessoas.
Se falarmos no ar poluído, quanto de vítimas já fez.
Mas além destes, o autor Johannes Bergmann nos diz que têm outros, de periculosidade bem maior, de bem mais graves consequências, “uma vez que são os desafios à tua vida moral.” ( 147)
“Ouves, a toda hora, as afirmativas de que a instituição família acabou…, e tu sonhas em construir a tua, saudável e abençoada pelo amor.
(Johannes Bergmann, p. 147)
Voltando um pouco, isto vem sendo dito há tanto tempo, mas as famílias continuam a se formar, algumas dão certo, outras não. As famílias se formam de forma diferente mas continuam família.
Nos dias atuais vemos a família de antigamente, avós criando os netos, mães com a guarda dos filhos, pais da mesma forma, vemos as adoções constantes, e algo que ainda causa muita polêmica que são as uniões homoafetivas.
A família não deixará de existir. Nós é que precisamos nos adaptar a algumas mudanças e, se não concordamos, que não hostilizemos, bancando juízes, coisa que não nos cabe.
O Espírito nos fala também da violência de toda ordem, perpassando pelas armas largamente usadas pelas drogas, causando bastante medo na população, que sonha com um tempo de saúde, alegria e um futuro melhor para os seus.
Por que tudo isso acontece?
Porque nós vivemos um processo de evolução, que começou há muito tempo e este processo é um grande desafio para o Espírito. Por um tempo, digo, muitas e muitas encarnações, o Espírito dá grande importância às sensações, prazeres, a toda a materialidade em que ainda vive. O Espírito como que sonha, e busca aqueles prazeres mais imediatos, da subsistência, da proteção, da procriação.
A este respeito Joanna de Ângelis nos diz:
“Acostumado às vibrações mais fortes no campo dos sentidos físicos, somente quando a dor o visita é que ele começa a aspirar por impressões mais elevadas, nas quais encontre lenitivo, anelando por conquistas mais importantes.” (Divaldo Franco)
É neste momento que precisamos buscar uma rota, um modelo que nos faça sair da dor, do sofrimento. Com raríssimas exceções o Espírito busca esta rota sem que esteja em sofrimento.
QUEM ? A Quem buscar?
“Agora, quando te achas afrontado por tantos desafios ásperos e covardes, não trepides em procurar aconchego para os teus dias em Jesus Cristo, que nos foi oferecido pelo Criador como modelo a ser imitado e Guia a ser seguido, a fim de que, enquanto jornadeias nos tempos do corpo juvenil, aprendas a preparar, com êxito, os dias do teu futuro venturoso, na Terra ou em qualquer morada do Pai.”
( Johannes Bergmann, p. 148)
L.E. 625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?
“Jesus.”
Toda a vida do Mestre foi um suceder incessante de desafios.
Embates no Seu meio social e familial constituíram-lhe os primeiros impedimentos, que foram ultrapassados, em razão da superior finalidade para a qual viera. Quantas vezes deve ter ouvido que era filho de um simples carpinteiro?
Devemos lembrar que ele estava reencarnado, sentindo tudo o que a matéria sente, ainda que numa missão.
Ele não aceitou carregar o fardo do mundo em caráter de redenção dos outros, mas ensinou cada um a conduzir o seu próprio compromisso em paz de consciência; não assumiu as tarefas alheias, nem deixou de demonstrar como fazê-las; no entanto, altaneiro, sem presunção, tampouco sem submissão covarde.
Os desafios da sociedade injusta e arbitrária chegaram-Lhe provocadores, mediante situações, pessoas e circunstâncias; apesar disso, sem deter-se, Ele continuou íntegro, enfrentando-os sem ira ou medo.
Referência:
1. FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e Atualidade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Fráter.
2. TEIXEIRA, José Raul (Espíritos Diversos). Nossas riquezas maiores. 1.ed. Niterói, RJ: Fráter, 1997. 142p.