“Mortos” falam via Skype

Juvan Neto

Após 27 anos de pesquisas em Transcomunicação Instrumental (TCI), Sonia Rinaldi, uma das principais pesquisadoras deste ramo do conhecimento – que aponta a possibilidade de comunicação entre as várias dimensões da vida, incluindo os chamados “mortos” e até mesmo “extra-terrestres”, vem recebendo novas e incríveis “imagens do além” com resolução e qualidade melhoradas em relação às que recebia até então, e muitos sons oriundos também do plano espiritual, com provas inequívocas de autenticidade.

O Instituto de Pesquisas Avançadas em Transcomunicação Instrumental (IPATI), localizado em São Paulo, tem recebido resultados cada vez mais imediatos. A equipe de Sonia passou receber “transimagens” de falecidos com qualidade jamais vista, e transformou essas imagens, num “Banco de Falecidos” disponível no site www.ipati.org, página oficial do grupo de pesquisadores.

Entre os resultados dos últimos meses, uma das vertentes principais de pesquisa consiste nas gravações com desencarnados através do programa Skype, via internet. Estes novos resultados estão detalhados, inclusive com sons e imagens, no site do IPATI, para quem quiser acompanhar. Pode-se dizer que os resultados impressionam. E o IPATI também foi oficializado e legalizado como instituto de pesquisas.

O primeiro e-book de TCI, lançado no segundo semestre de 2011, mostra o nível técnico dos resultados conseguidos pelo grupo. A obra chama-se “Em contato – transcomunicação na prática” e é um diversificado material que contém 110 páginas gravadas em CD, 10 vídeos e 107 “transimagens”, documentadas no laboratório do instituto. Há ainda 60 áudios de vozes de falecidos, 35 ilustrações e 12 fotos convencionais para pesquisas. O e-book, segundo o IPATI, é imperdível para todo transcomunicador ou interessados tanto na pesquisa sobre a sobrevivência após a morte como sobre ufologia.

A possibilidade de gravações com uso de Skype, contatando qualquer local via internet, no Brasil ou no exterior, a um custo baixíssimo, fez com que a IPATI desenvolvessem técnica própria. Usando o Skype, e mais outro especial para gravar as conversas (o Pretty May), criou a chamada estratégia de “triangulação”, unindo alguém que perdeu um ser querido, com o próprio desencarnado e a transcomunicadora em São Paulo.

Com essa versão, ficava substituído o processo anterior, o qual usava o telefone para falar e gravar com o Mais Além. O processo de gravação usa um ruído de fundo “desmontado” (sem qualquer conteúdo compreensível – como uma sequência de fonemas soltos) e tudo é deixado à disposição para os comunicantes reorganizarem em suas respostas.

Cristina contato o filho

Cristina Ferrara, residente nos EUA, através desse sistema, conseguiu contatar seu filho falecido Stefano, gravando via instituto. Cristina é tradutora, brasileira radicada nos EUA, e atravessava uma fase difícil. Ela ansiava em saber se seu filho estava bem em sua nova vida. Stefano partiu aos 26 anos, na madrugada de 23 de dezembro de 2007, num acidente de moto. Uma partida brusca não é fácil de superar, e por mais que Cristina tivesse conhecimentos da Doutrina Espírita, as energias já começavam, a lhe faltar.

“Nesse processo, acreditar que a vida continua após a morte física é uma esperança de continuidade e reencontro”, comenta Sonia.

Com Cristina, a primeira gravação ocorreu na tarde de sexta-feira, 21 de novembro de 2008. Cris chamou dos EUA e a Sonia registrou tudo no Brasil, procurando fazer a “triangulação” com o jovem falecido. Finda a gravação, Sonia enviou todos os áudios para a mãe ansiosa, mas com certo desapontamento, pois como Cris lhe havia informado que como Stefano era brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, Sonia esperava contatos em bom português.

Mas não foi o que ocorreu. A voz do jovem fazia uma mescla de português, italiano e inglês, o que levou Sonia a achar que tudo tinha saído errado. Mas as gravações totalizaram mais de 60 chamadas “transcontatos”. Foi difícil fazer uma seleção deles, pois muitos eram verdadeiramente importantes para a mãe.

O resultado surpreendeu os pesquisadores: “A primeira coisa que me chamou atenção, e sem dúvida confirmou a presença de familiares falecidos, foi a mistura de línguas, que era muito comum entre nós”, atesta a mãe. “Outra coisa foi a nítida diferença de vozes entre meu filho Stefano, meu marido Roberto, e meu irmão Sergio. Eles responderam no tom e jeito próprios que usavam antes de partir”, acrescenta. Segundo Cris, seu marido ainda usou a expressão “cosa era para mi”, ou “o que você foi para mim”, com a mistura de italiano e português. Ele nunca dizia “para mim”, mas “para mi”.

Físicos e engenheiros da USP averiguam fenômenos

Os áudios dos falecidos – inclusive de Stefano – estão no boletim número 25 do instituto, disponíveis na internet. As respostas de Stefano, misturando inglês, português e italiano, foram comprovadas em vários trechos e são, segundo a mãe, o mais forte indicativo de autenticidade do fenômeno.

Segundo a mãe, em trechos em que ele fala “eu entende”, conjugando errado o verbo entender em português, está demonstrada a autenticidade. O IPATI é também preocupado com a avaliação da qualidade dos áudios que surgem. Se a qualidade ou a inteligibilidade não for boa, poderia gerar dúvidas – e em casos de outros transcomunicadores, muitas vezes isso foi usado como argumento dos que “negam” a compreensão do seu conteúdo.

Para avaliar a audibilidade do que é recebido, o IPATI formou uma equipe de 54 pessoas que avaliam as vozes. A equipe é coordenadora por Marlene Bernardo, em São Paulo, com apoio de Rita Seiler, também em São Paulo, que monta as planilhas de avaliação, e de Reinaldo Brito (PR), que compila os dados em gráficos.

Essa equipe de cooperadores consiste num mix de pessoas com todo tipo de capacidade auditiva, que elabora planilhas da qualidade dos áudios. Sonia comenta que por várias vezes, os espíritos se antecipam à pergunta, dando as respostas.
O IPATI tem hoje um banco de voluntários que ultrapassa 570 colaboradores, em suas diversas atividades. Há quatro engenheiros, três físicos e um matemático da USP. Todo experimento busca o aspecto científico e segue uma metodologia, sem misticismos.
 

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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