O Espiritismo se aplica à Física moderna?

O Espiritismo é fundamental quando lidamos com infinidades e finitudes ao mesmo tempo.

Por Paulo Henrique de Figueiredo, autor de Mesmer – a ciência negada do magnetismo animal e Revolução Espírita – a teoria esquecida de Allan Kardec.

 Em virtude das mudanças de paradigma representadas pela Física Moderna alteraram-se e muito as bases conceituais da filosofia dessa ciência; distanciando os raciocínios utilizados nos tempos de Kardec entre os físicos, absolutamente mecânicos, para pensamentos profundos que a dinâmica, ondulatória, relatividade e quântica proporcionam. Constato, também, que algumas teorias atuais são profundamente interessantes para compreender as referências dos ensinamentos dos espíritos superiores nas obras de Kardec.

Todo o problema está na interrupção da rede de comunicação entre espíritos e encarnados, com a doutrina bem compreendida pelos interlocutores. Imagine o diálogo, por exemplo, de físicos atuais e os físicos da espiritualidade, abrangendo os conceitos fundamentais da teoria espírita? E nos outros ramos do conhecimento? Certamente é tarefa da humanidade recuperar essa condição.

Por enquanto, todavia, acho que o espiritismo tem contribuição para a ciência, principalmente no campo da Filosofia das Ciências. Por exemplo,  a teoria do multiverso.

A teoria do multiverso prega que o universo em que vivemos não é o único que existe. Na verdade, nosso universo pode ser apenas um entre um número infinito de universos que compõem um “multiverso”. Sei o que você está pensando: “aham, claro”. Embora a ideia realmente soe como algo saído da mais barata ficção científica, há uma física bastante razoável por trás dela. Mais: não há apenas uma teoria que chega a um multiverso: diversas teses físicas independentes apontam para tal conclusão. Na verdade, alguns especialistas acreditam que é mais provável que existam universos ocultos, do que o contrário https://hypescience.com/

 

Quando o cientista trabalha com a teoria da existência de infinitos universos considerando a ideia de que cada uma das nossas opções de ação estivessem presentes em universos diferentes, como se fôssemos também múltiplos ao infinito,, essa hipótese seria descartada posto contraditória com o fato de o espírito ser indivisível. Essa é uma aplicação adequada da doutrina espírita nos caminhos da ciência atual.

Podemos pensar também nos modelos de universo. O Big Bang, por exemplo.

A teoria do Big Bang, de que o Universo começou a partir de um ponto extremamente denso e que, ao explodir, criou o cosmos em expansão que conhecemos está prestes a, com o perdão do trocadilho, entrar em colapso. Criada em 1931, a teoria afirma que essa explosão se deu a 13.7 bilhões de anos atrás. O problema é que estamos descobrindo que esse tempo é insuficiente para explicar a formação atual do Universo. (http://revistagalileu.globo.com)

 

Considerando que Deus sempre criou, e ao mesmo tempo a teoria bem aceita atualmente do Big Bang, se o universo teve um início de seu espaço-tempo, então há outros universos, possivelmente simultâneos e em diferentes ordens de criação, pois é preciso explicar que existam espíritos superiores, gestores da harmonia universal, em universos que iniciam.

O Espiritismo é fundamental quando lidamos com infinidades e finitudes ao mesmo tempo. Afinal, está lá em A Gênese: a grande divisa do universo é unidade/diversidade. Deus é a absoluta unidade, sua criação, que o corresponde, é representada no espaço-tempo pela diversidade absoluta de seres, nos mais diversos graus evolutivos. Tenho convicção que chegará o dia em que esses fundamentos orientarão a escolha dos paradigmas futuros das ciências.

 

 

Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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+ Paulo Henrique de Figueiredo