Resumo 8: REVOLUÇÕES DO GLOBO

Revoluções gerais ou parciais

As revoluções gerais ocorreram durante as fases de consolidação da crosta terrestre; são os períodos geológicos que se sucederam de forma lenta e gradual, exceto o período diluviano que transcorreu de forma repentina.

Desde que atingida a solidificação da crosta, passaram a ocorrer somente modificações parciais da superfície, pela ação do fogo e das águas. O fogo produziu erupções vulcânicas ou terremotos, com todas as suas conseqüências, levantamentos ou afundamentos de regiões da crosta, dando origem a ilhas oceânicas e desaparecimento de outras tantas. Quanto às águas, inundaram ou ampliaram costas, formaram lagos, " aterros nas embocaduras dos rios que rechaçando o mar, criaram novos territórios", como o delta do Nilo e delta do Ródano.

Idade das montanhas

A idade das montanhas não representa o nº de anos de sua existência mas sim o período geológico em que se formaram. Assim, constatou-se que são do período de transição as montanhas dos: Vosges da Bretanha, Côte-d\’ Or na França. São do período secundário: Jura, contemporâneo dos répteis gigantes. Terciário: Pirineus, Monte Branco, Alpes ocidentais, Alpes orientais(Tirol). Período Diluviano: algumas montanhas da Ásia.

Dilúvio bíblico

É conhecido como "grande dilúvio asiático". Mares interiores como o de Azof e o mar Cáspio, e águas salgadas e sem comunicação com outros mares, além de outros fatores, comprovam a tese de que foi causado por levantamento de parte de montanhas da Ásia, provocando inundações na Mesopotâmia e demais regiões em que vivia o povo hebreu. Foi portanto de efeitos locais e não universais como sugere o livro de Moisés, tanto que a chuva não teria condições de provocar a inundação de toda a Terra.

O dilúvio asiático conservou-se na memória dos povos, sendo, portanto, posterior ao surgimento do homem na Terra. "É igualmente posterior ao grande dilúvio universal que assinalou o início do atual período geológico".

Revoluções periódicas

Além dos movimentos de translação e rotação, a Terra executa um terceiro movimento sobre seu eixo como o de um "pião a morrer", movimento que se completa a cada 25.868 anos, produzindo o fenômeno chamado "precessão dos equinócios". O equinócio é o momento em que o sol, em seu movimento de um hemisfério a outro, se encontra perpendicular ao equador, o que ocorre em 21 de março e a 22 de setembro de cada ano. Como a cada ano o momento do equinócio avança alguns minutos, resulta que o equinócio da primavera (mês de março), ocorrerá futuramente em fev., depois, jan., dez., fazendo com que a temperatura do mês se altere, voltando gradativamente ao estágio original ao completar o período de 25.868 anos. A esse avanço do momento dos equinócios denominou-se "precessão dos equinócios".

As conseqüências desse movimento são:

1)- O aquecimento com fusão dos gelos polares até à metade do período e posterior resfriamento gradativo até novamente congelarem-se, permitindo aos polos gozarem de fertilidade no período após o degelo.

2)- O deslocamento do mar, inundando lenta e gradativamente algumas terras, fazendo com que as populações de geração para geração se desloquem para regiões mais altas, voltando as águas posteriormente ao leito anterior. Enquanto estão imersas, as terras recuperam os princípios vitais esgotados, através dos depósitos de matérias orgânicas, ressurgindo novamente férteis após o afastamento das águas.

Cataclismos futuros

Alcançada já a solidificação da crosta e extintos a maioria dos vulcões, não é de se esperar a ocorrência das grandes comoções telúricas. Erupções vulcânicas ainda ocorrem, causando perturbações locais, como inundações das áreas próximas.

A natureza fluídica dos cometas afasta qualquer receio de choque contra a Terra, pois, se ocorresse, a atravessaria sem causar dano. Por outro lado a "regularidade e a invariabilidade das leis que presidem aos movimentos dos corpos celestes" afasta qualquer hipótese de choque entre planetas.

A Terra terá logicamente um fim. Entretanto, atualmente acabou de sair da infância, entrando em um período de progresso pacífico com fenômenos regulares e com o concurso do homem. "Está, porém, ainda, em pleno trabalho de gestação do progresso moral. Aí residirá a causa das suas maiores comoções. Até que a Humanidade se haja avantajado suficientemente em perfeição, pela inteligência e pela observância das leis divinas, as maiores perturbações ainda serão causadas pelos homens, mais do que pela Natureza, isto é, serão antes morais e sociais do que físicas".

Aumento ou diminuição do volume da Terra

O espírito de Galileu manifestou em 1.868, opinião a respeito, esclarecendo que "os mundos se esgotam pelo envelhecimento e tendem a dissolver-se para servir de elementos de formação a outros universos". No período de formação, ocorre a condensação da matéria com redução do volume, porém conservando a mesma massa; no segundo período há a contração e solidificação da crosta, desenvolvimento da vida até a forma mais aperfeiçoada. À medida que os habitantes progridem espiritualmente, o mundo passa a um decrescimento material, sofrendo perdas e gradual desagregação de moléculas até chegar à completa dissolução. Ao diminuir a massa do globo, passa a ser dominado gravitalmente por planetas mais poderosos, alterando seus movimentos e conseqüentemente as condições de vida. É a terceira fase: decrepitude, após passar pela infância e virilidade. "Indestrutível, só o Espírito, que não é matéria".

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Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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