Disciplina

Cláudio Fajardo

“Portanto, meus filhos, escutai-me: felizes os que guardam os meus caminhos! Escutai a disciplina, e tornai-vos sábios, não a desprezeis.” (Provérbios, 8: 32 e 33)

Disciplina é um regime de ordem imposta ou livremente consentida. Todo e qualquer empreendimento de sucesso tem nela sua estruturação; assim, se quisermos obter êxito, de qualquer espécie, temos que fazer dela hábito constante.

Todos os grandes mestres da humanidade, seja num passado mais ou menos próximo, tiveram nela constância – como também homens que obtiveram resultado pleno se satisfações no mundo material – e só puderam realizar de forma produtiva sua tarefa, graças ao fato de adotar este princípio como norma de conduta.

Jesus ao nascer de forma humilde ensinou-nos a como iniciar uma realização no bem, ao morrer na cruz, a terminar o que começou.

Francisco, o Santo de Assis, apesar dos chamamentos do mundo exterior, obedeceu aos ditames de sua consciência sendo fiel a seu Mestre até o fim.

Ghandi, o mestre da não violência, foi várias vezes incitado a deixar seu método de paz, porém, só venceu por perseverar em seu nobre propósito.

Os caminhos do Senhor são estreitos e ásperos, todavia só eles nos conduzem ao porto seguro da felicidade. Neles aprendemos a cultivar as virtudes, mas é pelo exercício repetido delas que as implementamos em nosso íntimo.

Escutemos a música a soar do fluxo e refluxo da vida e aprenderemos a disciplina reinante em todos os cantos do Universo; disciplina esta que não permite que, os astros, apesar de bilhões que são, e de sua imensa movimentação, jamais se choquem; que a dor, apesar de intensa, destrua o Ser; que o mal, às vezes poderoso e cruel, vença o bem, tão tímido e cortês.

Só o cultivo das virtudes, que são a presença de Deus na Terra, nos tornarão sábios, e só a sabedoria nos libertará de todo e qualquer sofrimento.

Assim, não abondemos aquelas normas que tanto bem nos fazem por encurtar o caminho da paz. Às vezes a dificuldade advirá, as lágrimas brotarão em nossas faces, mas Deus, que é Pai, e a tudo vê e provê, sabe o momento exato de nos legar a felicidade; e nós no instante supremo, saberemos, sem dúvida alguma, agradecer esses instantes de progresso vestidos de dor, que ao nos incitar ao socorro do Eterno nos elevam a Ele numa comunhão maior, plena de luz e harmonia.

“Feliz o homem que me escuta, velando em minhas portas a cada dia, guardando os batentes de minha porta! Quem me encontra encontra a vida, e goza do favor do Senhor.” (Provérbios,8: 34 e 35)

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Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião da Casa Espírita Nova Era.


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